segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A comemoração

Hoje, quando via o comercial que mediava os dois tempos do jogo de domingo, tive uma impressão estranha que talvez alguns de vocês, leitores, também tiveram: o aniversário das Casas Bahia acontece todos os meses do ano. Se não é aniversário, é algum tipo de comemoração tão importante quanto, pois os esforços no sentido de comemorá-la são os mesmos. Mas durante alguns momentos fiquei pensando, chegando a conclusão que todos, provavelmente, já tenham chegado, sem haver a necessidade de ver o acontecido: as datas de comemoração dessa empresa, assim como de outras mais, não estão ligadas à felicidade de comemorar o dia, mas aos objetivos dessa comemoração. É mais ou menos o mesmo quando fazemos o tão conhecido “chá de cozinha”, convidando as pessoas a nos darem presentes, como sendo a exigência para poder participar da festa. Mas nas Casas Bahia as coisas se configuram de maneira um pouco diferente. Primeiro, pelo simples motivo de a comemoração não dizer respeito a quem a organiza, mas serve apenas para a alegria hipócrita de quem ordena a sua organização. Segundo, pelo fato de não se tratar de uma festa, mas de um dia que será lembrado pelos seus “associados” como sendo o pior dia do ano (ou do mês), estando longe de ser um dia de comemoração, como nos fazem acreditar as propagandas. Mas não entrarei mais em detalhes, pois jogo a vocês, leitores, idéias para se compreender o mundo (ao meu modo, é claro) e lhes digo o que o sábio dito popular reproduz em sua ciência repleta de grandeza e simplicidade: o buraco é muito mais embaixo.

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